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Ginecologista ressalta que não é normal ter cólicas intensas, esse pode ser sintoma da endometriose (Foto: Freepik)
Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) em 2023 aponta que a cólica faz parte da vida de mais de 75% das brasileiras. Essa dor é causada pela contração do útero para expulsar o sangue da menstruação e pode ser vivenciada de forma leve a moderada, geralmente melhorando com analgésicos simples e sem interferir nas atividades diárias. No entanto, se foge desse padrão, é preciso ficar atenta.
"Não é normal ter cólicas menstruais intensas. Fomos ensinadas, geração após geração, que "sentir dor faz parte de ser mulher", que a cólica é um "sofrimento esperado" do ciclo menstrual. Essa ideia está tão enraizada que muitas mulheres deixam de procurar ajuda e convivem por anos com dores incapacitantes, mas é preciso dizer com todas as letras: dor não é normal. E não deve ser tolerada como se fosse", ressalta a ginecologista Luciana dos Anjos, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia.
Neste 7 de maio é o Dia Internacional da Luta contra a Endometriose, doença que tem como um dos sintomas dores intensas durante a menstruação. "A normalização da cólica faz com que mulheres demorem anos para receber um diagnóstico preciso e, com isso, a doença evolui silenciosamente, causando mais dor, inflamação, infertilidade e, muitas vezes, exigindo cirurgias mais complexas. Quando a dor é banalizada, perde-se uma oportunidade valiosa de intervenção precoce. Se acolhida e investigada no início, a endometriose pode ser tratada com muito mais eficácia, evitando sofrimento e complicações futuras", pontua a especialista.
A médica explica que a investigação do problema deve começar com uma escuta atenta, uma avaliação ginecológica detalhada e, quando necessário, exames de imagem específicos como Ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e ressonância magnética da pelve com protocolo para endometriose. "Mas aqui está um ponto crucial, esses exames precisam ser realizados por profissionais com experiência em endometriose.
Tanto o exame quanto à interpretação exigem expertise técnica e olhar treinado, o que infelizmente ainda não é a realidade em muitos locais, e é uma das principais causas do atraso no diagnóstico".
De acordo com a ginecologista, o tratamento da dor menstrual depende da causa. "Para cólicas leves, medidas como atividade física regular, alimentação equilibrada e uso ocasional de analgésicos ou anti-inflamatórios podem ser suficientes. Quando a dor é persistente, incapacitante ou interfere na qualidade de vida, é essencial investigar a fundo e tratar a origem do problema e não apenas os sintomas", afirma. "No caso da endometriose, a abordagem deve ser individualizada, levando em conta a localização e a gravidade da doença (ovários, intestino, bexiga, ureteres, parede vaginal, etc.), o desejo reprodutivo da paciente, se deseja engravidar agora, no futuro ou não tem planos de gestação, e o impacto da dor nas funções intestinais, urinárias, sexuais e na qualidade de vida como um todo".
Em algumas situações uma cirurgia pode ser indicada. "É fundamental esclarecer que os medicamentos não curam a endometriose. Eles têm papel no controle dos sintomas, estabilização da doença e preservação da fertilidade. Nos casos em que há falha do tratamento clínico, efeitos colaterais importantes ou comprometimento de órgãos como o intestino ou os ureteres, pode ser indicada a cirurgia minimamente invasiva com equipe especializada em endometriose", explica a ginecologista.
A especialista salienta que os cuidados são distintos para cada caso. "Cada mulher é única. E o tratamento precisa ser tão individual quanto a história de dor de cada uma. A paciente com endometriose precisa ser cuidada de forma ampla, profunda e respeitosa. Isso significa uma equipe transdisciplinar: ginecologista especializada, fisioterapeuta pélvica, nutricionista, psicóloga, sexóloga, especialistas em dor e, quando necessário, cirurgião do aparelho digestivo ou urologista. Quando combinamos escuta atenta, conhecimento técnico e cuidado real, conseguimos restaurar mais do que saúde, restauramos liberdade, autonomia e dignidade", ressalta Luciana dos Anjos.
Fonte: Com Informações da Comunicação Sem Fronteiras